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Insalubridade: Fumos de Solda


A insalubridade por risco com fumos de solda ocorre quando o trabalhador está exposto de forma contínua e habitual a fumos metálicos liberados no processo de soldagem. Esses fumos resultam da fusão de metais e da combustão dos revestimentos de eletrodos e consumíveis, gerando partículas muito finas suspensas no ar, que podem ser inaladas. 

 

Insalubridade por Risco com Fumos de Solda

A insalubridade por risco com fumos de solda ocorre quando o trabalhador está exposto de forma contínua e habitual a fumos metálicos liberados no processo de soldagem. Esses fumos resultam da fusão de metais e da combustão dos revestimentos de eletrodos e consumíveis, gerando partículas muito finas suspensas no ar, que podem ser inaladas.

De acordo com a NR-15 (Norma Regulamentadora 15), a exposição aos fumos metálicos é considerada insalubre, pois eles contêm substâncias químicas perigosas, como:

  • Óxidos de ferro (provenientes da soldagem de ferro e aço);
  • Fumos de manganês (metal presente em muitos tipos de eletrodos);
  • Fumos de cromo (comum na soldagem de aços inoxidáveis);
  • Fumos de níquel (usado em ligas metálicas especiais);
  • Fumos de chumbo, cádmio e zinco (presente em revestimentos metálicos galvanizados e outros tratamentos de superfície).

A exposição prolongada a esses agentes químicos pode causar doenças respiratórias graves e outras complicações de saúde. Para caracterizar a insalubridade, é necessário um Laudo de Insalubridade elaborado por um Engenheiro de Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho, conforme a NR-15.

O que são fumos de solda?

Os fumos de solda são uma mistura de partículas sólidas suspensas no ar, resultantes da vaporização de metais durante o processo de soldagem. Quando o metal é aquecido a altas temperaturas, parte dele se volatiliza e, ao entrar em contato com o ar mais frio, se condensa, formando partículas finas que podem ser inaladas pelos trabalhadores.

Os fumos metálicos variam de acordo com o tipo de solda utilizada (solda elétrica, MIG/MAG, TIG, oxiacetilênica) e o tipo de metal envolvido. O contato com esses fumos ocorre principalmente por inalação, e as partículas menores (inferiores a 10 micrômetros) podem atingir os pulmões, causando doenças respiratórias.

Riscos à saúde causados pelos fumos de solda

A exposição contínua e prolongada aos fumos de solda pode provocar uma série de doenças ocupacionais, como:

  • Pneumoconioses (doenças pulmonares causadas pela inalação de poeiras e partículas metálicas);
  • Asma ocupacional (alergias respiratórias);
  • Intoxicação por manganês (problemas neurológicos semelhantes ao Parkinson);
  • Câncer pulmonar (associado à exposição prolongada a fumos de cromo e níquel);
  • Doenças cardiovasculares (exposição prolongada a metais pesados pode afetar o sistema cardiovascular);
  • Irritação dos olhos, nariz e garganta (efeito imediato e agudo do contato com fumos metálicos).

Cada tipo de fumo metálico tem seus próprios riscos, mas a exposição ao cromo hexavalente (Cr6+) e ao níquel está associada ao desenvolvimento de câncer ocupacional, o que torna o controle dessa exposição uma prioridade nas empresas.

Normas regulamentadoras aplicáveis (NR-15 e NR-9)

A NR-15 (Atividades e Operações Insalubres), em seus anexos 11 e 12, estabelece os limites de tolerância para os fumos metálicos. Caso a exposição ultrapasse esses limites, o ambiente é classificado como insalubre e o trabalhador tem direito ao adicional de insalubridade, que pode variar entre:

  • 10% (grau mínimo);
  • 20% (grau médio);
  • 40% (grau máximo).

Para determinar a insalubridade, é necessário medir a concentração dos fumos de solda no ambiente de trabalho. Isso é feito por meio de um laudo técnico de insalubridade, que deve ser elaborado por um profissional especializado (Engenheiro de Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho).

Além disso, a NR-9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA) determina a necessidade de controle e monitoramento da exposição a agentes nocivos, como os fumos de solda.

Como é feito o Laudo de Insalubridade por Fumos de Solda?

Para caracterizar a insalubridade, é necessário que um Engenheiro de Segurança do Trabalho realize uma análise detalhada do ambiente e do processo de soldagem. Os principais passos para elaborar o Laudo de Insalubridade incluem:

  1. Identificação do tipo de solda utilizada (MIG, MAG, TIG, oxiacetilênica, entre outras);
  2. Identificação do tipo de metal (ferro, aço inoxidável, galvanizado, etc.);
  3. Coleta de amostras do ar para medir a concentração de fumos de solda no ambiente;
  4. Verificação da utilização de EPI e EPC (uso de respiradores, exaustores e ventilação local);
  5. Comparação com os limites de tolerância (LT) estabelecidos pela NR-15 para cada tipo de fumo;
  6. Emissão do laudo que determina se o ambiente é insalubre e qual o grau de insalubridade (10%, 20% ou 40%).

Medidas de controle para fumos de solda

Para evitar o pagamento do adicional de insalubridade, as empresas podem adotar medidas de controle para reduzir a exposição aos fumos de solda. Algumas soluções incluem:

  • Exaustores locais para captar os fumos diretamente na fonte de geração;
  • Ventilação geral por diluição para renovar o ar do ambiente;
  • Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como respiradores com filtros específicos;
  • Treinamento dos trabalhadores para o correto manuseio de equipamentos de solda;
  • Substituição de consumíveis (eletrodos) por opções que gerem menos fumos.

A implementação dessas medidas pode eliminar ou reduzir o risco e, consequentemente, descaracterizar a insalubridade.

Adicional de Insalubridade por Fumos de Solda

O valor do adicional de insalubridade pode ser de:

  • 10% (grau mínimo) — quando a exposição está próxima dos limites de tolerância, mas controlada com uso de EPI e EPC;
  • 20% (grau médio) — para exposições acima do limite de tolerância sem controle efetivo;
  • 40% (grau máximo) — para exposições extremas, contínuas e sem qualquer controle de proteção.

O adicional é calculado sobre o salário-mínimo vigente, e a empresa pode ser obrigada a pagar esse valor retroativo caso não adote medidas preventivas adequadas.

Exemplos de atividades expostas a fumos de solda

Os trabalhadores mais afetados pelos fumos de solda incluem:

  • Soldadores de manutenção industrial;
  • Soldadores de estruturas metálicas;
  • Trabalhadores de oficinas de funilaria e pintura;
  • Trabalhadores de construção naval e navalhas;
  • Trabalhadores de caldeirarias e serralherias.

Conclusão

A insalubridade por risco com fumos de solda ocorre quando o trabalhador está exposto a partículas metálicas nocivas suspensas no ar. A exposição pode causar doenças respiratórias, neurológicas e até câncer. Para garantir o adicional de insalubridade, é necessário um laudo de insalubridade que comprove a exposição acima dos limites definidos pela NR-15.

Para evitar esse pagamento, as empresas devem adotar medidas de controle de engenharia (EPC), como exaustores locais e ventilação geral, além de fornecer EPI (respiradores adequados) aos trabalhadores.

Se precisar de um Laudo de Insalubridade por Fumos de Solda, nossa empresa de Assistência Técnica em Perícias Judiciais de Insalubridade está à disposição.

📞 Entre em contato pelo telefone (11) 2364-7900 ou acesse o site Laudo de Insalubridade.

 

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